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terça-feira, 15 de abril de 2014

HISTORIA DA REGRA DO CARMO

BREVE HISTÓRIA DA REGRA DA ORDEM DO CARMO

A Ordem de Nossa Senhora do Carmo, cujo título jurídico é: "Irmãos da
Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo", nasceu de um grupo de
'Eremitas' latinos que viviam no Monte Carmelo desde os fins do século XII, procurando
viver uma vida santa de seguimento radical dos preceitos evangélicos de Jesus Cristo, na
meditação constante da Palavra de Deus. Este era o propósito de vida que esse grupo de
'Eremitas' estabeleceu para sua vida espiritual. No princípio, eles sentiram necessidade de
imprimir uma estrutura que lhes assegurasse a sua existência na Igreja Católica e, por essa
razão, recorreram a Santo Alberto Avrogado, Patriarca, que governou o patriarcado de
Jerusalém de 1206 a 1214, e pediram-lhe um documento que os orientasse a viver de
acordo com o estilo de vida que eles já praticavam no Monte Carmelo.
Santo Alberto, homem de cultura e de grande experência no campo jurídico, deu
aos Eremitas Carmelitas, não um Estatuto ou Regra, mas simplesmente uma "Forma
de Vida", no estilo de uma carta, estabelecendo normas que atendessem plenamente o
propósito daqueles Monjes Eremitas e, tais normas foram elaboradas com base nas
Sagradas Escrituras, mais particularmente nas cartas de São Paulo apóstolo. Essa "Forma
de Vida", foi elaborada no início do século XIII, em data desconhecida. Faltava,
entretanto, uma aprovação oficial da Igreja; houve várias aprovações de diversos Papas,
mas a aprovação definitiva só aconteceu a 07 de Outubro de 1247 pelo Papa Inocêncio IV;
esta aprovação deu à Forma de Vida da Ordem do Carmo, o caráter de Regra dos
"Irmãos da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo". Da Palestina, a
Ordem do Carmo expandiu-se, primeiro pela Europa, onde se consolidou a existência da
Ordem na Igreja Universal.
Interessante observar: a Ordem de Nossa Senhora do Carmo, não teve um
fundador, como as demais ordens religiosas, mas desde o seu início, no Monte Carmelo e
na Europa, distinguiu-se como uma Ordem profundamente mariana e como teve a sua
origem no Monte Carmelo, tão celebrado nas Sagradas Escrituras e como sendo o
"habitat" dos santos Profetas Elias e Eliseu, a Ordem do Carmo passou a venerar Maria
Santíssima e os Profetas Elias e Eliseu, como os Inspiradores da Ordem do Carmo,
cujas vidas são propostas como modelos mais perfeitos de santidade para todos os
Carmelitas. Elias, como exemplo de zelo pelas coisas de Deus e Eliseu, como um
continuador da obra de Elias. Neste sentido, todos os Carmelitas são chamados, a exemplo
de Eliseu, a ser um continuador da obra de Elias.
A Ordem do Carmo, criou raízes profundas na Europa despertando muitas
pessoas, homens e mulheres a seguirem o seu estilo de vida e se imbuírem do seu carisma e
de sua espiritualidade: vida de oração intensa, e de contemplação, vida de fraternidade e
de atividades apostólicas! A Ordem do Carmo estabilizou-se na Europa, enriquecida de um
governo Geral em Roma, que administrava diversas Províncias existentes no continente
europeu. Em 1451, numa Assembléia Geral Eletiva (Capítulo Geral), o Carmelita João
Soreth (cuja história resumida podemos ler abaixo), foi eleito Superior Geral da Ordem;
homem culto nas ciências sagradas, dotado de grandes virtudes e qualidades
administrativas, teve a feliz ideia de criar uma estrutura jurídica para atender às exigências
e necessidades daquelas pessoas que já viviam espiritualmente ligadas à Ordem do Carmo.
João Soreth, posteriormente venerado como Beato, 'fundou', primeiro, em 1452, a
Ordem Carmelita das Monjas de Clausura, para as mulheres que, vivendo em
mosteiros, emitiam os votos dos Conselhos Evangélicos: pobreza, obediência e castidade,
votos que lhes permitiam viver de maneira exemplar e intensa o carisma e a
espiritualidade Carmelitana, a exemplo dos religiosos Eremitas do Carmelo. Estas monjas
de clausura receberam como norma de vida a própria Regra dos Religiosos
Carmelitas, elaborada por Santo Alberto, Patriarca de Jerusalém.
Para a Ordem Terceira do Carmo como se tratasse de um grupo cujo estado de
vida exigisse, o Beato João Soreth elaborou, três anos mais tarde, em 1455, uma outra
Regra Específica, embora incluísse nessa Regra, alguns elementos da Regra de Santo
Alberto, atendendo assim às exigências e necessidades daqueles leigos, homens e
mulheres, solteiros, casados ou viúvos, afiliando-os à Ordem do Carmo.
Há que se notar ainda que, além dos religiosos, das monjas e dos Terceiros
Carmelitas, surgiram, através dos séculos, outros Institutos Religiosos Carmelitas de
irmãos ou irmãs de vida apostólica, que se dedicavam às mais variadas formas de atividade
apostólica na Igreja e que estão afiliados à Ordem do Carmo, empenhados em viver a sua
vida cristã e apostólica imbuídos do carisma e da espiritualidade Carmelitana. E ainda,
recentemmente estão surgindo outros grupos de pessoas, jovens e adultos que, embora não
tenham uma estrutura jurídica, procuram viver o mesmo carisma e a mesma
espiritualidade da Ordem do Carmo, e assim, todos nós constituímos uma grande
família que é a Família Carmelitana.
Temos que considerar ainda que, além de todos estes grupos acima mencionados,
nessas mesmas categorias, há também os grupos que chamamos de Carmelitas
Teresianos ou Descalços, que pertencem à Ordem do Carmo fundada por Santa Teresa
D'Ávila e São João da Cruz, no fim do século XVI. Com estes grupos de Carmelitas, a
Família Carmelitana tornou-se ainda mais numerosa, marcando a presença do
Carmelo nos cinco continentes.
Toda a Ordem do Carmo, tem um lugar bem destacado no contexto de Igreja e com
a sua Escola de Espiritualidade tem gerado um significativo número de santos e de
grandes místicos que constituem a "Glória e o Esplendor do Carmelo". A história
da Ordem do Carmo é fascinante e maravilhosa.
O que foi escrito nestas páginas servirá de preâmbulo ao objetivo principal desta
publicação: a nova Regra da Ordem Terceira do Carmo.
Apresento este trabalho, a título de colaboração e de subsídio de formação a todos
os membros da Família Carmelitana e, lhes ofereço com a devida autorização de nosso Pe.
Provincial Frei Geraldo d'Abadia Maciel, OCarm., atual responsável pela assistência
espiritual dos Sodalícios e de todo o Laicato Carmelita!
Coloco este trabalho nas mãos da Virgem Santíssima, que é a Irmã, Mãe e Rainha do
Carmo, e fico aguardando a sua bênção fraterna e materna na divulgação deste trabalho
dedicado a todos os membros da Família Carmelitana.

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